~~~ Pensamentos do Dia~~~

"Seja a mudança que você quer ver no mundo." - Dalai Lama








sexta-feira, 17 de maio de 2013

20ª Questão: Qual é o sentido da vida? Porque nos muniram desse sentimento que é o Amor?

Questão Completa: Qual é o sentido da vida? O que vimos cá fazer entre o momento em que nascemos e aquele em que falecemos? Porque nos muniram desse sentimento que é o Amor?



Esta pergunta foi feita pelo leitor Giuseppe Pietrini. Obrigada pela sua participação, a Dra. Sumpter responderá à sua pergunta.


Caro Giuseppe Pietrini,


Seria ambicioso da minha parte pretender aqui justificar a vida. Ou mesmo explicar o amor.

O que posso fazer, aliás, o que vou fazer, é partilhar da minha opinião pessoal e dividi-la com os leitores.

Vou debater um conjunto de pensamentos que me cruzem a cabeça pois é isso que faço, falo com honestidade e franqueza quando me declaro sobre qualquer assunto.

São sem dúvida alguma, interessantes as questões que impõe, Sr. Pietrini.

Mas a verdade é que se possuísse aquela que dizem ser a verdade da vida provavelmente não haveria razão para eu continuar a viver.

Reservo-me ao direito de pensar que enquanto a vida dá luta, enquanto a vida, nos , a incógnita e que nos Obriga a recolher diariamente todos os tornados e os vulcões, (como disse antes sob a letra de Raul Seixas, "o Vinagre e o Vinho" ), enquanto tenho forma de saborear o amargo sabor do fel de cada uma destas experiências e recolher/aprender/crescer com a mensagem que cada uma me pretendeu transmitir. 

Acredito que me subdesenvolvo tanto como carácter como Pessoa que sou.

O sentido da vida é ela não ter sentido.

Não faz qualquer sentido querermos justificá-la

Nós sabemos que cada vez que nos colocamos numa situação inquestionável, Há sempre um ser inigualávelmente capaz de chegar lá e Questionar.

Enquanto todos pensaram no Não, "foi lá um" que disse o Sim.

Eu poderia aqui salienter N exemplos mas declaro qualquer leitor capacitado para esse efeito. 

Quantas vezes ateimamos no NÃO, até que alguém disse SIM, nós insistimos com o NÃO mas o SIM tinha razão?

Justificar a vida seria como justificar porque é que as pessoas bocejam, quando vêm outras a bocejar.

Não tem uma solução cientificamente e analiticamente provada. Mas eu tenho milhares de exemplos na vida real que me provam ser verídico.

Agora, não estamos a tentar provar a veracidade da própria Vida em si, mas a tentar justificar o seu sentido - mas a algo que não temos resposta cientifica ou analítica, cabe-nos recolher o que para nós é verídico e transformar essas razões no sentido que cria a Vida.

Eu gosto de desafiar a vida e embora o faça, muitas vezes é a vida que me desafia.

Neste momento na minha vida pessoal encontro-me a debater sobre como juntar o "valorizar o que temos" com o "ser insatisfeito por natureza, descontente é ser homem".

Eu também me questiono , aliás todos o fazemos. É essa a parte interessante da vida, e o não nos cansarmos de nos debatermos com nós próprios faz parte. Faz parte valorizar cada experiência e aprender com ela.

Eu não sei o motivo pelo qual nasci. Mas o que faço é debater essa opinião partilhá-la e mais importante (sigo como filosofia de vida) - o pesar da balança - os dois lados. 1 e o Outro.

Questiono-me como todas as pessoas sob os demais motivos, muitas vezes não encontro resposta mas não saio frustrada para a encontrar.

A seu tempo eu vou aprender a lidar com as situações que para já ainda desconheço, a realçar meu valor enquanto Humana, e no pesar dos dois lados da balança, dando o benefício da dúvida.

Muitas vezes aquilo que tomo por certo torna-se errado. O que sei hoje não sei amanhã e não soube ontem. O desenvolvimento da nossa vida, o Porquê da nossa vida reside no que fazemos e no sentido que lhe damos.

Há algo que temos certo, isso, é a Morte.

Mas há algo que não temos certo, mas que deveríamos ter certo, isso é a Vida. 

Agora vocês questionam, a vida? A vida não podemos ter por certo já que a uma determinada Hora ela nos é retirada pela Morte.

Errado.

A vida é aquilo que vivência-mos diariamente e como já disse Dalai Lama "Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver." 

Ou ainda, 

"A mais profunda raiz do fracasso em nossas vidas é pensar, 'Como sou inútil e fraco'. É essencial pensar poderosa e firmemente, 'Eu consigo', sem ostentação ou preocupação. "

Ou ainda,

"O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém."

- Ninguém falou que seria fácil cruzar as etapas da nossa vida, os desafios e obstáculos que nos atravessam (O tal Vinagre e o Vinho) -  Fazem o maior ganho em conhecimento e experiência.

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Dando importância a parte desta questão, fomos realmente munidos pelo amor? 

Munir: Prover de tudo que é necessário para a defesa.

O AMOR é muitas vezes subestimado. Ele não é fraco e oprimido. Ele é Livre e Transversal. Ele não é imerso e redondo, ele é Submerso e Universal.

As pessoas aprenderam a desenvolver Medo pelo Amor. Fomos sim defendidos pelo Amor ou quantas vezes já teremos ouvido "Sozinho é que estás bem" - "Casamento é Prisão" - "Os Homens, dizem elas, são todos iguais" - etc ?

Mas por isso é que nos desenvolvemos com as nossas próprias experiências e erros e aprendemos a valorizar o que nos rodeia o que tivemos e o que temos e o que gostaríamos de vir a ter.

Mas é sem dúvida errado pensar no que tivemos ou no que poderíamos vir a ter.

Vale a pena pensar no que temos agora, e no que queremos ter.

Diz mais uma vez o grande sábio:

"Ame profunda, liberal e passionalmente  Você pode se machucar, mas é a única forma de viver o amor completamente."

O Amor é aquilo que o Amor nos trás - Liberdade, Paixão, Serenidade, Totalidade, Compreensão, poderia continuar Horas a fio...

Ao contrário do comum dizer da "Dor, Ódio, etc" - A verdade é que acredito que somos pessoas Fortes. Ambíguas. Descontentes* mas Felizes, Autodidactas, Altruístas, e por isso acredito que todos estes sentimentos e muitos outros que nos fortalecem superam com facilidade a mágoa deixada para trás.

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* # Descontentes faz referência a Fernando Pessoa já citando anteriormente nas nossas respostas "ser descontente é ser Homem" não ficar satisfeito com o que se tem e procurar o que nos motiva realmente - Sendo que "mas Felizes" faz representar a nossa Felicidade.

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Não Há, Ninguém, como nós próprios. Aprender a compreender o sentido da vida não há outra maneira senão vivência-la. 

Não é preciso perguntar porque vivemos ou porque cá estamos, estamos a nosso tempo de valorizar aquilo que nos é importante Hoje.

O Hoje deverá ser Imposto a nós próprios como modo de vivência extraordinária.

Superar-nos a nós próprios faz parte dessa imensidão que é VIDA.


Recorde-se: A Vida Não deverá ser banalizada ou questionada, mas vivida, saboreada, realçada, de forma expontanea, liberal e de modo desafiante que nos faça vibrar e dar continuidade aquilo que nos é precioso e que de momento banalizamos tanto.


- Esperto ter ajudado na sua dúvida, caro Giuseppe Pietrini. Mais uma vez Obrigada pela sua Participação.

Atenciosamente,

Dra. Sumpter.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

19ª Questão: Como conviver com a doença bipolar e mudanças de vida social?




Esta pergunta foi feita pela leitora Sara Silva. Obrigada pela sua participação, Sara Silva, a Dra. Sumpter responderá à sua pergunta.


Cara Sara Silva,

Antes de avançar com qualquer pensamento/conselho sobre este assunto, pretendo aqui deixar notificado que não estou a pretender ser rude, ao partilhar da minha opinião pessoal. Este blog é dedicado a conselhos, desenvolvimento de pensamentos, algo mais sentimental e emocional. Opinar sobre um facto, no caso, de uma doença, seria ser rude se dissesse que compreendo. Posso dizer o que sinto, partilhar de uma opinião, mas não menosprezo as pessoas que diariamente lutam contra esta doença.

Deixada a notificação, fica a minha partilha.

Partimos do facto de que a doença bipolar controla o humor do paciente. Aliás, é caracterizada por ser uma doença já que o paciente não controla as alterações de humor..

Mas ciência de lado e partindo do pressuposto que este blog é inteiramente visitado por humanos, consideramos que o paciente é humano. É uma pessoa. Com doença ou não essa pessoa tem sentimentos.

Deverá compreender-se que os vive de forma bem mais intensificada que os demais. Pois luta diariamente para a resposta incógnita de todas as suas perguntas.

Mas quantos de nós encontra-se todo o dia a tentar encontrar respostas às demais perguntas?

No entanto muitos de nós consegue seguir de um pensamento para o outro milhares de vezes sem conta e sem  que o seu humor se altere. Mas existem alguns pensamentos que alteram o nosso humor certo? Quantos de nós ao pensar numa situação feliz, sorri, e uma situação triste, chora? Agora creio que será multiplicar essa constante por diversas vezes ao dia, e sem conseguir controlar.

Nós embora nos sintamos do mesmo modo conseguimos saltar de sensação para sensação e mudar facilmente aquilo que pensamos e sentimos se tivermos força de vontade.

Agora, há diversos "graus" do ponto cientifico para caracterizar esta doença. Mas para simplificar, basta multiplicar o número de vezes que pensamos/sentimos x10, x100, x1000 conforme paciente para paciente. É fundamental a terapia psicóloga nestes pontos.

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Contudo não querendo afastar o teor da questão, o motivo do referido anteriormente serve para única e exclusivamente compreenderem e não subestimarem uma pessoa que sofra de um distúrbio se assim o podemos chamar, bipolar.

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Eu tenho mais de mil pensamentos neste momento a cruzarem-se sobre como na realidade debruçar-me sobre este assunto. Mas pesando os dois lados da balança, se esta condição fosse parte da minha vida, eu provavelmente teria que delinear várias Metas e superar diversos obstáculos.

Se tivesse que enumerar talvez passasse pelos seguintes pontos:

1. Compreender.
2. Reconhecer.
3. Objectivar
4. Concluir

1. Devemos compreender qual é o nosso estado. A que ponto estamos? No que mais temos dificuldade? Com as mudanças na vida social* , e constantes, como conseguimos delinear objectivos?

2. Devemos reconhecer o que nos é mais importante, o que realça valor na nossa vida, o que podemos fazer para melhorar? Que metas posso estabelecer para controlar todas as sensações e alterações constantes? O que influencia a minha vida e as pessoas à minha volta com aquilo que sinto/faço? Como agir? Como atenuar sobre as diferentes alterações de humor e conseguir ultrapassá-las e compreendê-las?

3. A partir do ponto que compreendo a minha situação, que reconheço os meus pontos fracos, terei de aprender a lidar com eles.

 - Neste ponto quero mencionar algo importante. Em outras questões eu já referi que há algo que devemos ser: Nós próprios. Não subir a 120Km/h, não descer a 120Km/h. Delinear. Não ultrapassar os 60Km/H, não descer. Estabilizar, confiar em nós próprios. Aquilo que somos e naquilo que pretendemos ser. (referência à questão 15ª).

Devemos recordar o quão poderosa é realmente a nossa Mente. E aquilo que ela pode fazer connosco se não aprendermos a controlá-lá e mostrar quem manda. Não há ninguém, para além de nós. Devemos estabelecer um ponto de equilíbrio onde reunimos-nos com o nosso próprio EU - Especial e Único.

Sabendo quem somos e com quem nos encontramos a lidar, está na hora de nos contrariarmos por diversas vezes e aprender a fazer o que é melhor para nós.

Diria que sabendo que socialmente tanto estou triste, como estou feliz, é a hora indicada para mentalizarmos a estabilidade e não subir tão alto quanto possamos descer, e tão rápido. Estável. Numa constante.

Há algum receio que eu queira ultrapassar? O que posso fazer para esse receio terminar? Se não sei, como posso encontrar respostas? Quem me pode ajudar? Com calma. Sem receios ou alterações, decifrar o que nos é realmente importante e para o que nos devemos dedicar.

Tendo isto feito, está na hora de:

4. Concluir: Recolher o que conseguiste encontrar de resposta e usar para teu próprio benefício. Se triste, ver o que te faz feliz, o suficiente para não subir ao ponto de voltar a descer, mas estabilizar. Se zangado, o que te faz calmo? Se irritado o que te vai satisfazer? Se é benéfico para ti, e te sentes seguro com a tua decisão, concretiza-a. É a partir da experiência que tiras a aprendizagem. Quanto mais experiências pores à prova maior conhecimento e sabedoria vais aproveitar.

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* Mais cedo referi parte desta questão que vai no seguimento das constantes alterações que sofremos na vida social. É uma realidade crua que vivemos diariamente. Mas partindo do ponto que nos encontramos, somos capazes de lidar com as constantes alterações que vamos sofrendo. Originalmente uns mais "abruptamente" que outros.

Mas não obstante como já referido antes o saber parte, da experiência

Todos tiramos proveito de cada experiência que vivemos em nosso benefício. Devemos valorizá-la e saber usá-la convenientemente na aprendizagem de quem originalmente somos e o que originalmente pensamos.

Todas as doenças são barreiras, mas não tão altas quanto a mente não possa ser. A verdadeira força de vontade move "mundos e fundos". Temos exemplos na sociedade constantemente. Pessoas sem mãos que são cabeleireiras, pessoas sem mãos e pés que rodeiam o mundo em palestras, pessoas inacreditáveis que se superam diariamente.

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Vou fazer referência a uma música de Raul Seixas - Eu sou Egoísta.

A música tem um verso que diz o seguinte:

Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei... sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz.

Este verso remota exatamente a literatura e cultura antiga, fernando pessoa inclusive quando dizia que ser descontente é ser homem (referência ao verso quinto império).

As pessoas diáriamente lutam para encontrar a paz, a felicidade, algo sentimentalista, algo materialista... Contudo se encontrarem o que procuram não se encontraram na realidade satisfeitas, daí o paradigma do ser humano ser insatisfeito por natureza..

Aqui Raul Seixas informa-nos que agradece pelo facto de ter o "vinagre e o vinho" , os obstáculos, a "tentação no caminho", os desafios, porque afinal o Homem é o exercício que faz.

Acredito que contrariarmos as nossas próprias razões para encontrar novos fundamentos e fortalecer os que já temos por garantia devido à nossa própria experiência nos valoriza enquanto humanos.

A Guerra é produto da Paz. Logo, Sem Guerra não Há Paz.

***

Se para nós enquanto "naturais" cidadãos nos vemos numa encruzilhada diariamente contra as nossas próprias icógnicas, alguém que sofra da uma pressão (no fim acaba por ser uma pressão), psicológica em função às suas emoções (caracterizando a doença bipolar), claro que será sempre um desafio.

Não deve ser encarado de forma subestimada, mas também não se deverá subjulgar.

É um desafio. Ponto. Deve encarar.  



Não é fácil, mas quem falou que é fácil



Recorde-se: A vida tem os seus próprios desafios mas é o desafio que despoleta a vida em nós. Devemos encará-los, analizá-los, respeitá-los, contra atacá-los, e vencê-los.



- Espero ter esclarecido a sua dúvida, cara Sara Silva. Mais uma vez obrigada pela sua participação.


Atenciosamente,

Dra. Sumpter.

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